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10 Medicações Mais Importantes da História da Medicina LEIAM!!!

Top 10 Medicações Mais Importantes da História da Medicina

Claudio Szynkier, grande amigo de longa data, bom sujeito apesar de paulista, me pediu um desafio: fazer uma lista com as 10 medicações mais importantes na História da Medicina. Fácil, fácil... E, escolhida a dedo das estantes da farmácia da esquina, ou da Pharmácia do início do século, ou da botica de tempos mais antigos, eis minha seleção, que, como qualquer Top 10, não tem a pretensão de ser definitiva, mas tenta abranger os mais distantes sertões da Medicina.





9. Gás mostarda - incrível constar dessa lista o gás que matou tanta gente na Segunda Guerra Mundial; mas se trata da primeira medicação quimioterápica utilizada no mundo, o primeiro avanço nas pesquisas de tratamento do câncer. E se hoje ele não é mais utilizado, vários esquemas incluem seus derivados, como a ciclofosfamida, também usada como imunossupressor em doenças reumáticas (lúpus) e dermatológicas (psoríase).






8. Morfina - o mais potente analgésico foi (e ainda é) largamente utilizado nas guerras: contra um inimigo bélico, contra o câncer, contra a hérnia de disco... contra qualquer dor incontrolável. Infelizmente é capaz de viciar. Além disso, até por causa dessa particularidade, foi importante para identificar vias endógenas (do próprio organismo) do combate à dor. Em situação de estresse, o organismo produz substâncias capazes de simular a ação da morfina (ou melhor, o contrário: a morfina simula a ação de substâncias endógenas; mas a ordem de descoberta foi invertida).

7. Captopril - tecnologia brasileira, sintetizado na USP-Ribeirão Preto a partir do veneno da jararaca, demoraram para registrar patente e perderam um mercado de 9 bilhões de dólares por ano. Cada vez tem mais aplicações, de hipertensão a proteção renal e cardíaca. Abriu novos horizontes na compreensão da fisiopatologia da hipertensão.




6. Óxido nitroso - o primeiro anestésico geral possibilitou maiores intervenções cirúrgicas. Antes, a dor matava mais que o procedimento propriamente dito; depois, as infecções tomaram o lugar da principal causa de morte pós-operatória. Com um único inconveniente: o óxido nitroso é o famoso gás hilariante. Imagina só o pós-operatório numa enfermaria cheia de pacientes gargalhando! A Odontologia foi responsável pelas primeiras experiências com a substância em humanos. Só rindo mesmo.





5. Zidovudina (AZT) - o primeiro remédio contra o vírus da Aids mudou drasticamente a história natural da doença, abrindo o caminho para novas medicações que, associados, formam o coquetel. Se há 25 anos, no início da epidemia, os pacientes infectados morriam tão logo recebiam o diagnóstico, agora é possível viver décadas com a contagem viral controlada com o coquetel. E ganharam não só em quantidade, mas também em qualidade, com menos infecções oportunistas e recaídas da doença.






4. Aspirina - analgésico, antiinflamatório, antiagregante plaquetário, protetor do endotélio, cada hora surgem novas indicações para um dos mais velhos medicamentos ainda em uso. Seus efeitos são conhecidos desde antes de a substância ser isolada, quando ainda era um "fitoterápico". Apesar de todas essas qualidades, o estômago reclama.







3. Cortisona - o primeiro corticosteróide melhorou o tratamento da dor com tanta eficácia e praticidade que virou uma panacéia. Sem critério na prescrição, logo os efeitos colaterais começaram a aparecer. É um hormônio, e por isso tem efeitos em todos os sistemas do organismo.





2. Penicilina - descoberto por acaso em uma pesquisa com fungos Penicillium, o primeiro antibiótico valeu um Nobel a Alexander Fleming. Proporcionou alívio aos tísicos; e, apesar de hoje em dia a tuberculose ser resistente, ainda encabeça a lista de antibióticos mais usados.






1. Insulina - no início dos anos 20, Frederick Banting e seu aluno Charles Best, para o orgulho canadense, pesquisaram ativamente a fisiologia do pâncreas e acabaram por descobrir e sintetizar a insulina. Em 1923, dividiram o Nobel pela revolução na compreensão do diabetes. A foto mostra Leonard Thompson, o primeiro humano a receber o tratamento.

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Ops... Top 10 com apenas 9 posições?
Sabe o que é... como diz Rob Fleming, em Alta Fidelidade (se não foi ele, bem poderia ter sido, é a cara dele), a última posição é sempre a mais difícil, porque exclui todo o resto que poderia estar na lista.

Se a pergunta for feita para um especialista de cada área, vai obter n respostas diferentes. E talvez por razões de importância diferentes. Poderiam constar na lista:

- Sildenafil (Viagra), Fluoxetina (Prozac): esses são dois medicamentos pop da década de 90. No dia seguinte do lançamento, a população leiga já sabia o nome, para que serve, como se usa. Viraram panacéias mundiais. O que só pode significar que o mundo anda deprimido e broxa.

- Estreptoquinase - extraída do estreptococo, atua como fibrinolítico; ou seja, se administrada em tempo, é capaz de quebrar a placa que provoca o infarto agudo. Foi incluído na lista da Sabrina, Cardiologista.

- Metformina - pessoalmente, esse é o meu 10º lugar de coração, pois, como Endocrinologista, não posso deixar de incluir o medicamento que trata do diabetes tipo 2 em seu exato mecanismo fisiopatológico. Já é uma das doenças mais comuns do mundo, e nesse mundo Supersized a tendência é ser cada vez mais incidente.

Mensagens honrosas:

- Vacina Sabin - não é um remédio, porque não trata nada; pelo contrário, evita que a pessoa fique doente. A poliomielite está erradicada no Brasil há quase 30 anos, e também na maior parte do mundo.

- Vitamina C - Linus Pauling, duas vezes prêmio Nobel, Química e Paz, morreu tentando seu terceiro, de Medicina, em vários estudos sobre efeitos de altas doses de vitamina C no organismo. Em seus últimos dias, tomava mais de 5g por dia, e nem assim conseguiu evitar o câncer de próstata.